quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Palavras de minha alma!

A dor me faz escrever
Escrever sobre tudo que tem o poder de me matar
Até à paixão eu escrevo
Escrevo para morrer e ressuscitar

Pois, é do meu sangue que sai a tinta para borrar o papel
É de meu corpo que reage as magnitudes das palavras
Pois a sombra relampeia minha alma
E as palavras levam cada gota que vem de mim

Bebo do vapor do amor
Para ver belas flores
Pois, não sou essa santidade
Ainda sou cruel e covarde...

Então as palavras não levam o que eu sou
Elas apenas me mostram o que não quero ver
Um ser profundamente mortal
Indefinidamente humano

Fugindo quando eu escrevo
De uma forma surreal busco seus braços
Pois amar as palavras é um amor incondicional
Mortal de tão imortal...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Meu Samba...

Eu vi, o samba chegou!
E ouvir ele se impor
Com isso, a  morena dançou...
Como se não tivesse fim aquele amor!


Mas o que me admirava foi a lua nova refletir
Tudo aquilo que você era pra mim
E olhei-a com todos os meus brilhos de outrora
Os brilhos não permitidos, enfim!


Mas o samba continuou 
E na marquise ouvir o som 
Que clamava com ruídos de delicadeza..
O nome da bela, que deixou na mesa, o rastro de amor!


Essa moça sabor de maçã...
Permaneceu a quebrar com riqueza os enigmas de Amã
Com longos verões e as tardes chuvosas no coração
Ao passar dos tempos trazendo paz e proteção.


Sei que minha deslisa em suas mãos
Não será fácil lidar com esse tipo de Erínias
Nem buscarei purificação dos deuses
O que eu canto é samba de bar, e o que ela dança é samba mesmo....




Então, nunca irá  lhe deixar parado em algum lugar
Pois move, e remove os mundos
Ela não dança com o corpo, é da alma dela que eu digo...
Que sai todos os sentidos!


Então nem que eu ande em cada bar que existe
Nem se as tabernas e as tascas me permitirem
Não irei encontrar tal morena de raízes de Afrodite
Pois, sou mortal, e isso não se admite... 


Para o samba que faço ela esnoba 
Para o amor que declaro ela troça
Então morena carne de mim
Pode pisar que os deuses de Olimpo 
Irão me vingar, irá me fazer desforra, enfim!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Volúpia...

Passeando em meus pensamentos
Barrei-me com as coisas mais puras que a impureza pode me causar
Deite-me entre os lenções
E deixei toda a imaginação me penetrar


Volúpias e beijos carnais sentir ao entrar
Depois tecendo meu corpo veio suas mãos devagar
E mesmo eu um sonho puro
Pude sentir suas armas a me alcançar


Deixei que minhas liberdades me conduzissem
Deixei as vontades de carne com carne me abrisse
E busquei seu gosto, tragando cada  parte do seu ser..
Até em te morde eu pode ver a grandeza de te ter


E entre os beijos e gemidos
Galanteios e injurias profanas
Você me veio chupando cada gota do meu desejo
Pedindo para que eu trouxesse meus íntimos instintos.


Dei-me de graça para que cada pedaço meu fosse auferido
E nisso induzir sua boca como relíquia
Para descobrir em minhas pernas como fendas
O gosto do veneno que te traz até dádivas...


E no meio do prazer comum
O libido acende como arma em punho
E me traz dentre os gemidos animalescos
O encontro de corpos delirantemente puros


E com meu seio a transparecer minha excitação
Fecho os olhos e sinto sua boca me permitir...
Você bebi do que eu te dou...
Então você bebi, completamente, de mim


E o ato de te comer, é um ato majestoso
São os deuses de meu corpo
Que me deixa tocar-te em lugares sinuosos
E eu vou provando desse todo para poder sentir teu melhor gozo




Pois me conduza ao esse estado de pseudo-consciência
Que te darei mil beijos de complacência
E insinuarei várias posições autenticas
Para poder tirar de você o mais cruel gemido de lamuria

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

De olhos fechados!

Ontem senti meu fardo...
Fardo do medo, do caos
Não sei bem o que ser exato
Apenas sei que meus passos vão para frente e para trás 




É assim, sou ainda guiada pela intensidade dos meus desejos
Pois, cegando cada parte racional de mim
Ocultando minhas dores...
Multiplico meus amores.




Ainda sou esse abismo
E os precipícios sempre irá me matar
Pois sou feita de carne
E de carne tenho que provar


Então, mesmo sabendo de todas as mortes
Mesmo visualizando o futuro 
Esdrúxulo seria não corre os riscos
E se eu mesmo morrendo não pudesse viver, definharia todos os dias




Então prefiro provar esse pecado cru..
Do que amaciar as vontades feitas pela razão
Pois, engolir a seco toda a hipocrisia de uma vida de amarras 
É contemplar o claro de olhos fechados...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Morena...


Morena que rasga as cortinas da escuridão ao chegar
Que és devastadora só em olhar
Possui algo a mais,  algo voraz...
E nem  fala, apenas cala para soltar armadilhas raras..


Morena, que faz o resto perda a importância 
Que não foge, que pergunta, que se impõem, que se importa 
Morena essa que não nega... 
Que se entrega e nem pergunta que horas há de se perder


Então morena do sangue de samba
Diz-me de onde há tanta magia?
Diga-me em tom de melodia
Que seus braços guardam afetos, afagos, enlaços...enigmas.


Possui a dor dos dias, vi em  seu olhar...
Mas nunca deixa transmitir, pois um sorriso sempre dará
Morena essa que não quebranta o coração
Que já sabe perdoar mais do que exigir perdão...


Então, morena que mal conheço
E  já me diz tanto
Que nem tento desvendar, pois me desvendo muito mais
Morena cheia de encantos, me diz, por onde estás?









quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Amizade

Para que falar meras palavras de amor?
Se suas ações são o que me trazem tudo que é bom
Para que exigir eternidade?
Se cada instante meu e  teu é  nossos passos para o futuro


Eu deveria saber as razões que te trouxe aqui
Mais prefiro ouvir tua voz no aconchego dos teus braços
Acalentando meus tormentos constantes
Amadurecendo minha personalidade  frágil


Você nunca saberia me dizer não
E nunca falaria um sim falso
E até perderia sua calma
Para conquistar algo de bom em mim


Então darei-te meus infinitos mais belos
E ouvirei muitas músicas escutando seus conselhos
Então,por onde os caminhos nos levar 
Eu sei que na sua mão eu posso pegar


Não irei cavar  desonras 
E nunca deixarei as rédias de sua vida soltas
Eu amo cada instante de sua felicidade
Amo seu sorriso com brilho de liberdade


Por isso o meu prender-te em você 
É um encantador mar de conquistas
Com breves momentos a tarde
E longas manhãs com flores ao redor


Por esse deliciar-me de magias...
Por essa  luz constatante de sua amizade
que faço  dos dias minhas energias 
e das noites nostalgias dessa vida com sua vida...


E não poderá perecer,
Ou desvanecer, 
Ou desmanchar em qualquer razão
Pois,são todas as razões que me fazem permanecer
Que me fazem querer e poder ter esse porto seguro em você

Sordidez

Quem disse que meu amor duplicado era suficiente?
Quem disse que a dor do pecado é finita?
Quem disse que toda a hipocrisia desse amor seria a minha?


Como sinto na carne a saudade da infância, como sinto rasgar minhas entranhas, essa  minha capacidade de não ter coragem
( um dia perdido no passado tinha coragem  até de andar entre abismos), como as dores me consomem rapidamente. Era certo que antes nem sabia definir o que era dor, nem a conhecia!
Hoje dores me fazem saber que estou viva. Viva? É tão breve o laço da vida com a morte...é um instante, é perene, e nos é um fato. Fato marcado num dia não exato.




Minhas derivações, minhas inconstância você as conhece bem e supera-as, coisa que não consigo fazer.
Respiro com a possibilidade do ar que você  dar, muitas vezes, impuro até mesmo pra mim que estou tão acostumada com a sordidez de minha alma.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

facetas!

Eram minhas facetas, meus atributos doentios de recompensas em formas de afago. Eu sei, darei-te amor sempre que eu puder, darei-te minha metade sempre que me exigir por inteira, pois sou fruto da selva suave do veneno puro, sou meus abismos e minhas montanhas.Peço-te ou me toque por inteira ou nada terás de mim, ou me queira no caos ou terá minha monotonia. Se és pouco o que  te ofereço, és o bastante para nos fazer feliz, apenas aceite de bom grado minhas diretrizes e meus amores, recompensas nunca terás, porém terás, como um rio límpido, meu amor ou algo do tipo.
Não negareis o que me representa, não rejeitarei seus suaves dilemas, sei de toda minha hipocrisia e meu egoísmo gritante, sou convicta de minhas feridas e as suportarei secretamente como páginas de um diário rasgado. É nessa luta do que sou e do que quero ser que  me torno inconstante  e é na possibilidade do que me deram pra ser que me perco, pois sou esse fruto repugnante de minha existência, sou fruto covarde de minha ignorância. Quando irei aprender o ser alguém parecido comigo?
Minhas armas não estão apontadas nem tão pouco municiadas, representam tão somente uma capa do meu eu, uma máscara temporária ( já que possuo várias). Nessa realidade de convicções flutuantes  me envolvo e me enlaço pressupondo realidades mas são fantasias vislumbrando à perfeição.
O que me feri e o que me dilacera, isto é, o que corrói por completo esse meu alicerce é saber que sou  pouco demais,  que sou fraca demais e vil demais. E desses tormentos de meu íntimo o que   me faz entorpecer minha mente culpada é saber que seu amor me purifica aos poucos.

Relicário

Revirei meus armários havia relicários já não usados nem tão pouco apreciados, parecia que de lá saiam vozearia, que clamavam para libertar-se, um clamor tão forte, inquieto e, muitas vezes, até bruto. E gritava tanto e com tanta intensidade, que me assustava seus agudos e seus graves, mas me prendia , me dominava e me levava a olhar e olhar permitindo, dessa forma, me levar a atmosferas nunca antes vistas. Eu sei, algo surreal em que meu imaginário prendia-se, e tornava-me insignificante de um espetáculo  rutilante...
Este espetáculo que  não fui convidada mas  eu era obrigada a participar, não se tornava um sacrifício, porém uma quase rotina, então ele aparecia e me prendia para vê-lo em sua glória. Este espetáculo que de vezes me rasga as entranhas e consome fugazmente minha juventude. Dessa forma, posso vê-lo, contudo, não posso contê-lo,isto é, afoga-me, muitas vezes, com seus braços de pura incertezas.
E não posso fugir. Ele é invencível, incontrolável, imaginável e intocável. Ele torna-me vulnerável, deixa-me de olho nu, então posso debater-me com a verdade, posso fechar os olhos porém nunca posso negá-lo. Hoje, estou vendo-o mais claramente e posso senti-lo em meu corpo, em meus olhos extremamente vermelhos e em minha face pálida.
Ele nunca se perdeu, sempre teve dentro de mim, em meu armário. Porém ao abrir as portas  ceguei as incógnitas, por isso, revelei tudo sem medo da impetuosa verdade e pude ver toda a tristeza, pude sentir tudo em tantas intensidades. Então, eu vi o que nunca poderia ter visto, e concluir que nem tudo que se quer ver é necessário. Contudo, não me fechei, agora que posso observar de forma mais clara e posso transpor certas inquietudes, deixo os dias passar e ultrapassarem minha juventude.
Eu o liberto e ele me prende, suga-me aos poucos e me arrasta em armadilhas do dia a dia, e  nem  paro para falar dele: está em tudo. Eu me sinto tão vil em sua frente, pois não tive como deter minha vontade  de ser imortal, mas tão mortal que  me deixou. Ele com todo o seu infinito me fez mortal.
Toda esse santuário, toda essa dádiva perene de meu espírito, todo meu contexto infantil de adulto, todos os dias monotonamente agitados eu sigo como se o vento que me agride fosse parte de mim e o sol que me incomoda fosse minhas raízes e todo o resto que me pertence fosse algo ao acaso. Será que tenho algo de mim?
Eu sei não possuo asas, sei que irei afunilar-me a cada dia mais, sei o quanto irão me privar e em quanto  essa sensação de perda irá me alcançar. Disso não duvido: Eles são reais!
Agora rir de mim, mostra-me sua força e não posso cegar para sua realidade, ele brotou  nos meus olhos a pétala do real, do vivo, do óbvio e ele me roubou bruscamente  o encanto, tirou-me até os sonhos. Ele abriu meus olhos e fechou meu coração, meu armário e o relicário de espetáculos faliu.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Escorpião maldito.

Leia-me se puder
E se não puder?
Apenas me ame
Diga-me a verdade...
E se não houver?
Diga-me  que valeu à pena por você..


Deixei-me na surpresa
Do não poder te conhecer
Não me fale a receita
Dos seus gostos
Apenas, deixa eu provar você...


Não liberte-me
Nem me prenda..
Sou seu escorpião maldito...
Lance-me sobre a cama
E encontre meus abismos...


Te dou o céu se pedires
Te dou o mar se sonhares

Mas o meu amor não posso entregar por completo
É letal pra você, não veja e  não queira ver!


É de minha natureza perder meu chão
Nem peça-me sustentação
Meu equilíbrio é tortuoso, sim!
Te dou meu mínimo e já é bastante de mim

Se achas pouco?
Pouco seria me ter por completa...
Completa de mim iria matar o que há de melhor em você
Não sou seu veneno, mas posso ser!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Olhar de vulcão...

Ovário do teu sorriso
Hoje quero para banhar-me
E assim vejo seus olhos puro sangue
por me amares 
E sei, todo o desdém que me deres
Era mentira..
Toda a realidade que fizeste
Era uma parte de minha vida
Pois agora, canto luz e canto lua
Em seu olhar toldado e  sua voz nua...
Pronta para amar
Um amor não tão puro
E bem mais voraz e ávido em si mesmo..
E é nesses insultos
Que cobre-me de prazeres absolutos.
Pois, tua boca na minha boca é o magma do vulcão
E seu corpo encostado ao meu és tempestade e furacão!

sábado, 1 de outubro de 2011

Poesia sem nome!

O amor escorreu entre meus dedos
E sinto essa dor latente em meu peito
Você amou pouco demais
E eu fui frágil demais.


Era tanta loucura,
Tanta intensidade...
Falava-te juras
E você me olhava pela metade
Eu me entreguei por inteira, por verdade!


Não posso chorar, sei!
Nem te questionar o desdém..
Foi eu que sonhei nosso sonho
Querendo ser realidades em você...


Pode usar de mim como for...
Eu sei, eu cicatrizo, meu amor!
Posso morrer em lágrimas
Mas elas passam...


Pois é, esse é meu logro..
Essas são minhas dores..
É ferido na carne e dilacera a alma...
És mais uma taboca em mim.


Já fiz estratagemas em meu coração
Para não sofrer
Sei que não foi em vão
Sei, também, que fui fel e mel para você!


Sabe a sintonia que tínhamos?
Sabe nosso jeito esotérico de ser?
Sabe aquelas palavras no escuro?
A grande verdade é que fui feliz ao lado teu...


Não vou negar meu amor...
Ele é maior...
Não vou dizer jamais,
Nem eu iria acreditar...


É, pois, que minha boca ainda pronuncia seu nome, no silêncio!
É, pois, meu corpo te toca nos sonhos...
E alma ascendente de desejo...
São ainda tantos devaneios.


Tenho que decidir...
Decidir te esquecer, enfim!
Ou lutar por você e por mim...
Confusões sempre irão de me tresloucar.

Hoje me dói tudo...
Dói bílis, dói artéria
Dói crânio e dói coração
Meu peso me deixa rala,  me faz mas próxima do chão...


Exagerada desse amor...
Assoberbada com o medo..
Desarmada de certezas...
Sem horizonte nem caminho próprio


Fui, sim, caos meus pensamentos
E demasiadamente íntegra meus atos
E de maneira sutil meus abismos...
Foi cruel meu enlaço..



E nessa vida entorpecida de passos largos
Vou andar sem você do meu lado...
E de uma certeza tenho...
O tempo vai andar mais curto e os dias mais pesados...


Mas as artimanhas do amor eu já deveria conhecer
Mas isso acontece, e meu coração me enlouquece
Porém, vivendo é assim que  tem que ser...
Dividindo o que há de bom, com alguém que não seja você!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mãe, apenas!

Acordei pensando em você
No céu que me deu,
No horizonte que me propôs,
Nesse manisfestar de sentimentos.

No ventre desse amor você me fez
Se era dor?
Já nem sabe...
Esse amor pelo qual já nas entranhas nos permite
Nos fez mãe e filha em infinito...


Infinito em nossos olhares de contemplação
Nem precisava de palavras...
Nem  necessitava relatar esse amor
Ele  nos encanta.


Desamores sempre irá de existir
Amor de mãe é que não cessa
Está enraizado nas veias de meu coração,
Está atrelado as magias dos instintos.


Não me cabe as palavras
Para sussurrar esse amor
 E não posso gritar...
Nem deixar surdos eles que não sabem amar
Por isso sei, amor de mãe é infinito..


Permanecer em seus braços
Depois de passos, de brigas, deslaços...
É saber encontrar meu caminho
E não estar sozinho.


Então, digo sem ter medo de negar minhas palavras
Que ter amor é isso
Voar com suas asas de carinho
pois, sigo suas pegadas e és meu caminho...

Alienações

Levantar-te, em mim, o poder familiar
Me fizeste mãe e pai..
Me tornaste até uma arma vital
Um contraste em mim.

Perdeste o senso do amor
Fingiu e usou...
E me quis sobre sua guarda
Tudo isso, com rancor!


Fez-me refém em casa
De uma vontade quase escrava...
Uma vontade soberana e insensata
De me ter sobre suas pegadas.

Meus  olhos já eram lágrimas
 E a  mente nem pensava
Eu nem falava
Nem calava...

Separação
Dor em dobro
Dor que não há perdão
Não há mais mãe, nem pai, nem irmão...


E fingindo ser ...
A tal família que antes era
O não confunde-se com o sim
O não, delirante, em mim!
O permanecer eternamente dividida


Nesse quase amor
Transformado em dor
Perdendo-me em olhos conhecidos
E nisso, que me sinto um ser indeciso
amargo e perdido...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Esses dias com você....

Era lindo o  seu sorriso
E brilhava mais que o meu
Era fruto proibido
E eu comia como um plebeu


E quando seus olhos me miravam
Era feita de carne minh'alma
E  me inventar toda pra você:
Era sol, era lua, era mar, era nua , era ser...


Vi abismos e precipícios
Fiz nas suas costas passeio
Olhei de frente sua boca entreaberta
E morde seus lábios com todas as vontades incertas!

Era caos meu pensar
É proibido até falar
Mas te fazer amor
É como  saber voar

E nesse vai e vem de nossos beijos
Eu me perco na vontade de te achar
Eu rasgo o  lençol eu jogo travesseiro
Mas não deixo você me deixar...


Eram mãos a se encontrar
Eram olhos a se fechar
Eram loucuras e nos invadir...
Os corpos e se entender, enfim!


Depois do sabor do amor
Você veio me encantar
Era céu sua voz
Sua voz vinha me  ninar...


Depois dos lírios cantando
Das pernas sem vontade de andar
Eu pude ver que seus olhos
Era a dádiva que antes eu já haveria de sonhar...


E nessa vontade de sempre permanecer
Deixei o sol em mim nascer
Pois, sentir o que tu me dar para beber
É um amor que vem nas entrelinhas do viver!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Acordei...

Hoje acordei meio esotérica
Nada modesta,
Inquieta,
Desigual,
E incerta!




Hoje acordei aberta
Implorando perguntas...
Escondendo as provas
Pois,meus crimes são resposta
Para qualquer tipo de droga




E hoje acordei no meu ápice
Caindo de amores por ninguém
E cantei as músicas que você não tem
Hoje esse amor fez-se desdém....




E quando acordei...
Meu sol iluminou forte demais
E no meu rosto havia ruínas e cais
Era o dia fazendo-se noite no intervalo de minha paz






Pois, hoje acordei com um devaneio
Minha alma era pouco e era meio
Meu corpo residente de tormentos
E meu ser desonesto e fraudulento 


Então é assim, acordo e não te vejo ali...
Então,  não durmo, nem lhe procuro
Pois, não sou  espectroscópio de ti
E ainda sou burlista de mim...




Hoje acordei com uma juventude
Que um dia tive 
E que vem me trazer nostalgia 
Pois meus olhos, já de vidro, fez-me ver a vida.




Mesmo assim, hoje acordei
E reparei que o meu mundo não mudou
É seco e ralo...
É o  real me tornou




Porém, hoje, insisto em acordar
Nem que seja para pisar nessa chão tão frio
Nem que seja para sentir a intensidade desse sol
Nem que seja para tentar ser o  que um dia eu fui!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Antropofagia...

E vem uma vontade de te provar
E vem uma vontade insaciável
De lamber, de morde, de arder em fogo
Fogo nosso, nosso fogo...

Quero ser seu canibal...
De sua carne provar o mel 
De sua boca tirar o sangue vital
E com a boca pura sangue  roubar seu coração



Nesses meus delírios
Já comi lírios...
Já voei atrás de seus olhos famintos
Entrando em mim Antropofagia, sinto!


Carne, carne nua, carne tua...
Meu pão, meu ser, meu chão!
Meu bem, e ainda meu infinito vai além...
Então, eu como eu bebo você sem desdém


Pois, és fogo e me arrasa
E não és fogo de palha
E ainda irei de provar 
Mesmo que me fira sua navalha!


Nem cortar meus pulsos
Nm criar muros...
Eu corro o rio de sangue puro
E te como frito, assado, assíduo


Meus pés 
Meu alicerce
Hoje vivo sobre o ritmo do vento leve
Pois, sua brisa é o que me entorpece
E lá se vai minha alma: envelhece!



Te dou hoje, aceite!
Meus instintos burgueses
São até Movimentos Antropofágicos
São puros, sim, os nossos impactos!


Minha vida ja enlaçada na sua...
Meu campo adentrando ao seu
Meus ecos  só  você escuta...
Clamando uma vida mais carnal...mais adulta!



Irá de me comer com seu jeito de dama profana
E irá de fazer mel e sangue na minha cama...
E irá de rasgar o véu da vergonha errônea
Pois, és uma canibal insana!

Flor do prazer!

sabe o gosto do desejo, minha flor do prazer?
consegui sentir a sede de meus beijos?
será que a prova minha fome de sua carne?
não posso  nem devo te privar de mim...






beije-me meu beija-flor
declame meus versos com ardor...
e me faça sua escrava, meu amor!




pois, comi de sua vontade
e bebi de sua fome
quero mais  que só abraços...
quero dias quentes e exatos!




e quero mais e mais de ti
pois, és meu vicio
meu inicio, meu meio e meu fim!




então,hoje,quero minha boca marcando a sua...
seu sorriso confundido-se com o mar...
me diz bela flor do prazer:
me escutas cantar?






letras de água doce fiz para te dar
não te cobro o céu nem o chão!
o que eu quero  é amar...
então, bela flor do prazer
terá algo a me dar?


escondo teu nome...
na ânsia de minha fome..
assim, busco no seu corpo belo...
o encontro das águas!






tenho em mim um amor puro
e consigo decifrar até seus olhos no escuro...
pois, já sei falar sua língua
e flor do meu prazer 
já ate lhe ofereci a vida.






és bela e fera...
és selva e deserto..
 disparando dentro de mim
algo de maestro... de poeta :
meus instintos incertos...






luxúria e vicio...
bela flor do prazer
e nem quero deter isso
por isso venha nos meus braços me fazer...
e me faça inteira em você!










Não há mais falta...

Compreender o que há...
E ainda assim aos prantos  se encontrar
Eu amei essa dor
Confesso: não irei mas amar!




Inventei teus olhos nos meus
Me joguei em seus braços
E o que você me deu?
Até, meu bem, sorrisos falsos...






Diria mais uma vez que sou sua?
Se, na verdade, nunca fui!
Então, pode me chamar perdida na escuridão
E gritarei: fuja de mim...
Isto não é nem paixão!!!




Eu sei houve fatos, relatos, enlaços,diálogos..
Seu contato é pouco..
E ainda assim busco e buscarei meu espaço!




Então, nem me diga que sim
Nem me diga que não
Não tem nem música...
Nem refrão
São ventos seus e são em vão!








sábado, 27 de agosto de 2011

SAP




Quando paramos para observar a estrutura e a dinâmica atual das famílias brasileiras esbarramos em uma grande diversidade. Família, hoje, não condiz com o conceito de família a anos atrás, na realidade não se tem um conceito fixo do que seja família atualmente, e isto é normal devido a sucessivas mudanças que podemos observar em nossa sociedade. Podemos falar em família matrimonial, monoparental, homo-afetiva, anaparental, mosaica, etc...devido a essas mudanças começamos a observar o surgimento de problemas que essa sociedade complexa nos transmite, fatos antes jamais imaginados começa a perpetuar a nosso cotidiano e esbarramos na problemática do não conhecimento prévio de certos dilemas.


Dessa forma vamos observar, dentro da seara jurídica, que a questão de envolvendo guarda dos filhos após a separação é algo que está acarretando algumas discussões.


Dentro das dificuldades de se julgar um caso de guarda é o frequente aparecimento do SAP(síndrome de alienação parental), essa psicopatia que pode aparecer em vários níveis deve ser observada e diagnosticado por um profissional e não por um magistrado. Então deve haver uma interação interdisciplinar, isto é, psicologia ou psiquiatria em comunhão com o Direito. Nessa relação podemos, dessa forma, detectar a alienação das crianças e adolescentes e evitar traumas e danos irreversíveis...


Para podermos entender melhor essa psicopatia o Dr. Richard Gardner de psiquiatria clinica do Departamento de Psiquiatria Infantil da Universidade da Colômbia (EE.UU.) definiu o SAP como uma pertubação que acontece após a separação conjugal, que consiste em um genitor "programar" de forma consciente ou inconsciente a criança para que rejeite e odeie o outro genitor sem justificativa, objetivando o afastamento e o desenvolvimento de afetos negativos da criança para com o genitor. Assim podemos observar que a separação e toda a desestruturação causada no status quo permite um fator de fragilidade e inquietação emocional do jovem. Então, decorrendo a alienação essa criança ou adolescente é lesado em sua estrutura, permitindo que seus direitos constitucionais e o ECA( Estatuto da Criança e do Adolescente), que prever: "É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária." sejam atacados ...


Então, quando um filho passar por esse fato estará sendo lesado na sua saúde, dignidade, liberdade de convivência familiar entre outras coisas..


Portanto transmito minha preocupação e atenção para as novas realidades que devemos ter cuidado, pois não podemos permitir que violações no direito da criança e do adolescente. Por isso, é dever da sociedade e do operador do Direito ter uma visão mais atenta a esse fator, pois em casos graves de SAP, o alienador relata abuso sexual falso entre pai e filho(a), fazendo a criança transmitir esse fato de forma tal que ele mesmo acredite que tenha sofrido algum tipo de abuso sexual.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tergal...

No tergal do meu espírito
fujo, tergiversando!
No ar quente da sua respiração
Sufoco minhas dúvidas e contemplações...




Loucuras... há? Não sei!
meu corpo transige e respira você...
minha alma agarra-se
aos ecos do meu coração
e eu sigo a lua na escuridão
porém, me dê sua mão...




Não controle meu infinito
Ríspido e intranquilo
Não se pode desfazer de mim..
nem fazer de mim qualquer página perdida...




Pois, não há loucura maior que o amor
não dor maior que o amor...
não há felicidade que alcance o amor!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Nuvem...

Vai fazer nuvens de fumaça,
Nuvens furta-cor...
vai fazer nuvens  de fumaça,
nuvens de amor.
vai fazer no meu coração...
a nuvem do resto...
vai fazer no meu peito,então...
a fumaça dos cigarros domésticos!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Greve...



Greve...
Até quando teremos que presenciar essa injustiça? Até quando terá tamanha desvalorização com uma profissão?
Falar de professores no Brasil é uma vergonha, mas quem é realmente essa categoria? Digam-me o que significa ser professor? Não quero ser insistente mas quem ensina seus filhos? Quem vos ensinou? Quem tem uma participação ativa na sua vida e de várias maneiras transmitiu conceitos do que você entende hoje?... Quem é o professor?... muitas coisas você tem deles, isso é fato!
Ah Brasil! Meu Brasil brasileiro me diga quem vai querer ser professor sabendo e entendendo suas dores? Educador no Brasil não é considerado educador mas quase como um objeto... e isso é a pura verdade, índices de depressão e problemas psicológicos nos professores estão aumentando gradativamente... Quem vai ajudá-los?... A questão, população brasileira, não é dinheiro,este é um fator como qualquer outro,a questão aqui é mais séria. Quem vai ficar do lado dos professores,hein?
Vamos tomar o Japão como exemplo, olhem para o tratamento dado a esses profissionais pela sua população, prestem atenção nas diferenças e atentem também para o quanto somos não-educados (sem generalizar)! Existe algo que sabemos há séculos que é o fato de o Brasil ter três grandes problemas, que são: educação, educação e educação! Aí de forma espontânea me vem as perguntas: Onde está a estrutura nas escolas? A valorização do professor é possível existir, isto é, não só na questão financeira mas também na questão social? Por que o Estado não prioriza a melhoria da educação para o povo? Tenho muitos outros questionamentos e creio que não só eu...


Os professores, meus amigos, isso sim é uma ferida, uma dor! Então, por que falando em ferida não falamos também nos alunos desses professores...Isto é,uma dor ainda maior,uma ferida que jorra sangue,que nessa briga é quem mais é prejudicado...Inocente que se torna culpado e é penalizado por ter feito nada, o aluno!...Portanto me vem ainda mais questionamentos: Quem irá ajudar os professores? Quem irá defender os alunos? Hein meu Brasil, até quando você vai achar que educação não é importante? Até quando irá tampar nossos olhos para o óbvio? Me diga Brasil que tanto foi aclamado,será que realmente dá para viver só de futebol? 


Será que tem tantos Ronaldos assim para desfocar o que o Brasil realmente necessita, hein? Não quero esse Brasil imaturo não... recuso a me transformar em alguém que só deve enxergar às cegas! Sabe o que é enxergar às cegas, Brasil? É olhar uma construção gigantesca que o governo está fazendo ao nosso lado e aplaudir enquanto nossos filhos, irmãos ou amigos estão em casa esperando a greve acabar... Isso sim, meu Brasil, é injustiça! Dinheiro e capacidade temos! E tem sim, a questão é querer fazer.
Quem nos vai deixar enxergar, hein Brasil?

sábado, 30 de julho de 2011

Instintos e incidentes

O que há de ascendente?
O que há de acidente?
São incidentes nossos beijos?
Desses beijos que acedem...


Somos fieis a essa felicidade
E toda essa loucura que invade
Irá de içá ainda mais em mim...
Há de queimar mais um pouco,sim!

Quem vai voar mais longe?
Quem vai olhar alem do horizonte?
Quem irá soltar primeiro o gemido de liberdade?
 
 
E é por que nem sei mais tirar teu sorriso de minha mente
Só sei pensar na sua boca rente a minha
Só sei sentir teus olhos de puro desejo
De pura carne a romper a carne...

Tem que está em mim
Tem, sim!
Ainda nem te chamei...
Mas suas respostas foram imediatamente positivas
Então, irá de acontecer, irá de içá,  ainda irá sim!


Será que  haverá mar?
Será que o horizonte irá gritar teu nome bem devagar?
Será que podemos nos interpretar?



Pois, quanto mais me enlaço
Seu braço por cima seu braço por baixo....
Assim, de grão em grão
podemos desfrutar o que é céu
e negar o que é chão
 
eu sei, não entendo bem   seu coração
Porém escuto as batidas que são minhas
E que me faz acreditar
Que somos não só mais uma vida...


Meus erros são coisas banais
Quando encontro com sua boca sedenta
Para tirar de forma arrebatadora
Todo o batom de minha boca...
 
Eu te abro em mim:
Instintos e paixões
Eu te tranco:
Saudades e incertezas..


Minha bela...
Minha fera
Que ainda tenho que domar
Ainda tenho que rasgar..
Que deixar amar...


Então é isso...
Um pular sem medo de abismos
Um querer e não poder...
Pois, nem sei mais tirar teu olhar de minha mente..
Nem posso tirar seu olhar de minha mente...


Pois nossos corpos já não desencaixam...
E não se falam
Ou se calam..
E clamam algo mais rasgado
Em um total impacto!


nem desliza
nem alisa
apenas envia olhares de nudez
e acaba de vez
com quem tentar escapar..
 
ainda me diz verdades
de corpo e alma
para poder morrer de saudade
quando o dia amanhecer
então, tarde passa como nuvens nubladas
a noite chega com gritos e gemidos
e mais um dia amanhece sem você comigo
!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nem te entrego...

errei por muito..
e nem quis tão pouco assim
sou intensa...sou confusa
mas não me nego, nem entrego
 
são suas verdade..
aceito-as com coragem
mas não exigir nada...
nem exigir tudo de você..
nem poderei...
 
cantei alto demais nossa canção
e seus ouvidos já diziam que não
contudo não entendi
e continuei, e gritei, e falei mesmo assim...


versar em você...
me fazia bem, me fazia zen.
era um chover de almas limpas
engrandecer em mim, em você!
 
mas passou o bonde
e deixou no horizonte
chamas escalartes
do tempo que éramos...só éramos!


a garganta secou de tantos gritos
e agora me vem você falando de abismos...
eu já sei...
está tudo mais cansado
está  tudo mais vazio...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Segredo!


Bocas se fecham
Para abrir com frenezi.
Lambendo-se as carnes
Em um voraz entorno...
Na beira, da beira de nossos corpos sinuosos...


Errei em me conter...
Mas hoje vou querer mais e mais
O poder de te ter..
De corpo e alma em paz...

 
Se é cilada?
Se é paixão?
Não me faça nada
Só me deixe ser até seu pão...


Me cubra com um manto do desejo
Deixe que nossos intervalos sejam os mesmos.
E deixe que as gotas que latejam
Entre sua febre
E seu calor ascendente
Seja eu..
 
E me fale com a voz da verdade
Que eu posso descobrir parte a parte de sua carne
E provar o gosto que arde
É escalarte essa chama que nos invade
 
Essa imensidão
No âmago
De nossas conversas obscuras
Usa de mim, usa-se...
Nos abusa, nos traduza!

Entrarei na porta entreaberta
E sentirei que você é a pessoa certa...
Para ter indefinidamente essas loucuras
Em dias de sol em dias de chuva.


Teu sorriso já balança
Meu corpo já inflama
E já podes me levar para cama...
E já podes me fazer uma dama!


Fico no relance de seus gestos
Esperando aquele olhar incerto
Para poder provar de seu beijo
Isso, no escondido de nossos desejos...

Caminhos, apenas!

Reclamei do que não vi
Perguntei aos Deuses...
Castiguei as riquezas
assim, buscava caminhos entre seus beijos.


Amar-te não é necessário, nem convém!
Amar-te é um exagero de vida...
Amar-te não é somente uma hipocrisia...


Bela arte de nossos corpos entrelaçados...
Malvados são os nossos passados...
Carregados de dores em dores escalartes!


Viver-te, refazer-te, inventar-te...
É querer punir um mundo covarde
Pois, a minha entrega...
É indefidamente inevitável.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Chamas...

Hoje sei, não é sonho!
Você apareceu
E desvendou
Inquietou...
ousou!

 Não importa o que sinto
É frenesi?
É instinto?

Você se chega..
E tropeça em mim seus olhos de carnais impactos.

Onanismo me intercalam em cada toque...
Já é quase...e quase....


 Nem sei mais como fingir.
Hoje até exijo sua presença em mim...
de maldades em maldades
vivemos nossas realidades, enfim!



E é caos...sim!
Tantos e tantos caos em mim...
Uma mistura explosiva de desejos e afeto;
De motivos e impossibilidade;
De abertura e falta de espaço;
De loucura...de muita loucura!
 
Onde está tudo aquilo implícito?
Hoje não temos mais nada subtendido
E de passo em passo
Construímos nossos delírios e abismos reais
E bem carnais!
 
 
Eu sei, e você também
Nada mais segura o que vem
Nada mais nos deixa parar..
 
O que nos exigimos não é prudência
Do poder amar..tocar..cantar....
E em sua boca inteiramente entregue a minha
Eu busco as palavras, mas o que eu quero...
É que cale essa ânsia te dar um beijo
Ainda mais, e mais devasso.
 

e eu sei...
quero te virar pelo avesso
te enlouquecer de desejos
e nos meus braços regozijar
e te saborear...
na forma que eu poder e que você deixar...



E não minto pra mim....
Os desejos são assim...
Um gritar, um gemer, um vibrar
De faces puras a se completar




Então é assim, suas mãos em minhas mãos;
Inquietam-se em conhecimento...
Deslizam -se em um erotismo mútuo..
E não cessam de abrir os poros do desejo...

 




Arder e arder...
Chamas do que corre em nossas veias 
Isso é estar entreaberto para amar
Um amor voraz!
E que me traz...
Uma forma inquietante de paz.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tenho beijos, ao acaso, para te dar...

Certezas essas não há...
Procuras deverão estar
E a cada sol eu iria buscar
Algo ao acaso para nos dar...

Eu sei é bem mais que mistérios
É bem mais que tédio
Bem mais que nós
Esse desejo é ,sim, completo.

E o seu avesso..
Ah!...eu conheço
Eu deixo...
Eu provo...
Eu mexo.

E nessas bocas
Que a voz já sai roca
Não irá de parar
Irá, cada vez mais , de se encontrar..

Pois , não caminhei seu caminho
Mas na estrada havia uma curva
E essa curva era você
Dizendo sim...
pra mim.

Não sabia se deveria;
Se podia;
Se queria;
Se havia...
 
Mas ao olhar nos seus olhos
E ver que há algo em mim em você
Deixei um adeus para as perguntas
E respondi todas as dúvidas
Com beijos meus..

E não errei!
Também não importa se acertei...
Pois, essa é minha forma de dizer..
Como eu gostei!

sábado, 16 de julho de 2011

Vivos / mortos...

Agora acaba...
a loucura do ser:
Vivos, mortos..

Mortos vivos;
Ou apenas mortos...
Ou apenas vivos.

A morte nos é eterna,
a vida também!

O momento
Nos é raro...
O tempo também!

O mundo está tão frágil...
E eu também!

Pois, meus segredos
lá no fundo do coração:
escondi magoas,
insónia e solidão.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O ser sou eu.

Por que ninguém pode ver o retrato frio dos meus olhos?
Eles são tão transparentes, ou não?
Eles transbordam aquele luz opaca da solidão repleta de companhia?


Eles questionam a procura de um referencial 
E sempre esbarram no incompleto...
E mesmo quando eles fogem em busca de rumos mais certos,
Eles desviam o caminho


E mesmo quando o caminho é desviado
 Eles de jogam
 E fazem do caminho mais uma ponte.


E quando a ponte rompe
Eles perdem-se 
No meio de um ser inquieto e inseguro...




O ser sou eu...
Os olhos meu retrato...
O tempo e a ponte: são o meio incompleto do ser!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quero realidades!


Acordei-me de  um sonho.
Sonho vil..
Sonhos de abismos..


levantei-me com lágrimas 
e com o corpo de despedida.
Mas não rebaixei-me a todas aquelas vítimas.


Sei que andei 
por entre flores e espinhos
mas a vida 
é isso!


acordar e ter realidade
é bem sutil
e uma delícia 
pois, os  sonhos não há mais de me querer...


até cantar com os pássaros você quis
até ouvir o som do mar você ouviu
até voar de pé no chão se permitiu..


então, me diz bela flor do real
você pode sim:
não se esconda mais...
de mim?