quarta-feira, 26 de outubro de 2011

facetas!

Eram minhas facetas, meus atributos doentios de recompensas em formas de afago. Eu sei, darei-te amor sempre que eu puder, darei-te minha metade sempre que me exigir por inteira, pois sou fruto da selva suave do veneno puro, sou meus abismos e minhas montanhas.Peço-te ou me toque por inteira ou nada terás de mim, ou me queira no caos ou terá minha monotonia. Se és pouco o que  te ofereço, és o bastante para nos fazer feliz, apenas aceite de bom grado minhas diretrizes e meus amores, recompensas nunca terás, porém terás, como um rio límpido, meu amor ou algo do tipo.
Não negareis o que me representa, não rejeitarei seus suaves dilemas, sei de toda minha hipocrisia e meu egoísmo gritante, sou convicta de minhas feridas e as suportarei secretamente como páginas de um diário rasgado. É nessa luta do que sou e do que quero ser que  me torno inconstante  e é na possibilidade do que me deram pra ser que me perco, pois sou esse fruto repugnante de minha existência, sou fruto covarde de minha ignorância. Quando irei aprender o ser alguém parecido comigo?
Minhas armas não estão apontadas nem tão pouco municiadas, representam tão somente uma capa do meu eu, uma máscara temporária ( já que possuo várias). Nessa realidade de convicções flutuantes  me envolvo e me enlaço pressupondo realidades mas são fantasias vislumbrando à perfeição.
O que me feri e o que me dilacera, isto é, o que corrói por completo esse meu alicerce é saber que sou  pouco demais,  que sou fraca demais e vil demais. E desses tormentos de meu íntimo o que   me faz entorpecer minha mente culpada é saber que seu amor me purifica aos poucos.

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