E vem uma vontade insaciável
De lamber, de morde, de arder em fogo
Fogo nosso, nosso fogo...
Quero ser seu canibal...
De sua carne provar o mel
De sua boca tirar o sangue vital
E com a boca pura sangue roubar seu coração
Nesses meus delírios
Já comi lírios...
Já voei atrás de seus olhos famintos
Entrando em mim Antropofagia, sinto!
Carne, carne nua, carne tua...
Meu pão, meu ser, meu chão!
Meu bem, e ainda meu infinito vai além...
Então, eu como eu bebo você sem desdém
Pois, és fogo e me arrasa
E não és fogo de palha
E ainda irei de provar
Mesmo que me fira sua navalha!
Nem cortar meus pulsos
Nm criar muros...
Eu corro o rio de sangue puro
E te como frito, assado, assíduo
Meus pés
Meu alicerce
Hoje vivo sobre o ritmo do vento leve
Pois, sua brisa é o que me entorpece
E lá se vai minha alma: envelhece!
Te dou hoje, aceite!
Meus instintos burgueses
São até Movimentos Antropofágicos
São puros, sim, os nossos impactos!
Minha vida ja enlaçada na sua...
Meu campo adentrando ao seu
Meus ecos só você escuta...
Clamando uma vida mais carnal...mais adulta!
Irá de me comer com seu jeito de dama profana
E irá de fazer mel e sangue na minha cama...
E irá de rasgar o véu da vergonha errônea
Pois, és uma canibal insana!