quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mãe, apenas!

Acordei pensando em você
No céu que me deu,
No horizonte que me propôs,
Nesse manisfestar de sentimentos.

No ventre desse amor você me fez
Se era dor?
Já nem sabe...
Esse amor pelo qual já nas entranhas nos permite
Nos fez mãe e filha em infinito...


Infinito em nossos olhares de contemplação
Nem precisava de palavras...
Nem  necessitava relatar esse amor
Ele  nos encanta.


Desamores sempre irá de existir
Amor de mãe é que não cessa
Está enraizado nas veias de meu coração,
Está atrelado as magias dos instintos.


Não me cabe as palavras
Para sussurrar esse amor
 E não posso gritar...
Nem deixar surdos eles que não sabem amar
Por isso sei, amor de mãe é infinito..


Permanecer em seus braços
Depois de passos, de brigas, deslaços...
É saber encontrar meu caminho
E não estar sozinho.


Então, digo sem ter medo de negar minhas palavras
Que ter amor é isso
Voar com suas asas de carinho
pois, sigo suas pegadas e és meu caminho...

Alienações

Levantar-te, em mim, o poder familiar
Me fizeste mãe e pai..
Me tornaste até uma arma vital
Um contraste em mim.

Perdeste o senso do amor
Fingiu e usou...
E me quis sobre sua guarda
Tudo isso, com rancor!


Fez-me refém em casa
De uma vontade quase escrava...
Uma vontade soberana e insensata
De me ter sobre suas pegadas.

Meus  olhos já eram lágrimas
 E a  mente nem pensava
Eu nem falava
Nem calava...

Separação
Dor em dobro
Dor que não há perdão
Não há mais mãe, nem pai, nem irmão...


E fingindo ser ...
A tal família que antes era
O não confunde-se com o sim
O não, delirante, em mim!
O permanecer eternamente dividida


Nesse quase amor
Transformado em dor
Perdendo-me em olhos conhecidos
E nisso, que me sinto um ser indeciso
amargo e perdido...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Esses dias com você....

Era lindo o  seu sorriso
E brilhava mais que o meu
Era fruto proibido
E eu comia como um plebeu


E quando seus olhos me miravam
Era feita de carne minh'alma
E  me inventar toda pra você:
Era sol, era lua, era mar, era nua , era ser...


Vi abismos e precipícios
Fiz nas suas costas passeio
Olhei de frente sua boca entreaberta
E morde seus lábios com todas as vontades incertas!

Era caos meu pensar
É proibido até falar
Mas te fazer amor
É como  saber voar

E nesse vai e vem de nossos beijos
Eu me perco na vontade de te achar
Eu rasgo o  lençol eu jogo travesseiro
Mas não deixo você me deixar...


Eram mãos a se encontrar
Eram olhos a se fechar
Eram loucuras e nos invadir...
Os corpos e se entender, enfim!


Depois do sabor do amor
Você veio me encantar
Era céu sua voz
Sua voz vinha me  ninar...


Depois dos lírios cantando
Das pernas sem vontade de andar
Eu pude ver que seus olhos
Era a dádiva que antes eu já haveria de sonhar...


E nessa vontade de sempre permanecer
Deixei o sol em mim nascer
Pois, sentir o que tu me dar para beber
É um amor que vem nas entrelinhas do viver!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Acordei...

Hoje acordei meio esotérica
Nada modesta,
Inquieta,
Desigual,
E incerta!




Hoje acordei aberta
Implorando perguntas...
Escondendo as provas
Pois,meus crimes são resposta
Para qualquer tipo de droga




E hoje acordei no meu ápice
Caindo de amores por ninguém
E cantei as músicas que você não tem
Hoje esse amor fez-se desdém....




E quando acordei...
Meu sol iluminou forte demais
E no meu rosto havia ruínas e cais
Era o dia fazendo-se noite no intervalo de minha paz






Pois, hoje acordei com um devaneio
Minha alma era pouco e era meio
Meu corpo residente de tormentos
E meu ser desonesto e fraudulento 


Então é assim, acordo e não te vejo ali...
Então,  não durmo, nem lhe procuro
Pois, não sou  espectroscópio de ti
E ainda sou burlista de mim...




Hoje acordei com uma juventude
Que um dia tive 
E que vem me trazer nostalgia 
Pois meus olhos, já de vidro, fez-me ver a vida.




Mesmo assim, hoje acordei
E reparei que o meu mundo não mudou
É seco e ralo...
É o  real me tornou




Porém, hoje, insisto em acordar
Nem que seja para pisar nessa chão tão frio
Nem que seja para sentir a intensidade desse sol
Nem que seja para tentar ser o  que um dia eu fui!