quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Esconderijo em mim...

Para tua voz que me chama
Tenho uma audição das músicas leves
Para seus olhos que me alcançam
Tenho um esconderijo em mim para você

Hoje, me veio uma vontade delirante 
De te pedir fica comigo aqui...
Mas olhei meu futuro 
E esperei me calar por mais uns minutos

Sei de minha covardia latente
Mas não me deixe aqui eternamente
Preciso de algo que você me faz
E já sei que é um desejo voraz

Não vou beber de nada mais
Não vou implorar mentiras
Nem cantar amores que não tinha
Vou deixar algo em  mim perdido ainda

Mas não me esqueça
Não cobre promessas
Nem me traga certezas...
Sou sua com todas as indelicadezas...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mais um dia poesia...


Faz tempo que não escrevo. Não foi por falta de vontade ou de tempo, nem foi a inspiração que não apareceu, nem tive a inércia dos poetas novos.

Tenho ainda minhas dores, meus amores, meus questionamentos maduros e até imaturos. Apenas não escrevo com medo de me conhecer mais, com medo de minha estrutura não permitir mais descobertas. Por medo do meu óbvio tive que  me submeter a meu caos sem as palavras, talvez me submeter ao meu caos completo. 

E agora venho, aqui, falar que já estou pronta para escrever novamente, para amar novamente, para sofrer se for necessário, mas com todas as ponderações que os dias de hoje nos permite, pois ser boêmio atualmente é um ato de puro instinto. 

Hoje, não se vangloria quem morre de amor, ou quem sofre infinitamente de dor, nem tão pouco quem demonstra seus sentimentos em palavras, ou quem sai a noite em busca de algo a mais para completar o que escreve, não se compreende o poeta, não se falam em poetas, não querem mais entender o significado de uma frase ou mesmo de uma palavra, não se ama por completo, não se entrega, nem se deixa entregar... há uma dureza em cada olhar, em cada toque, em cada sentir, em cada encontro que não é mais repentino, é tudo marcado e muito bem marcado.

Sinto falta disso tudo, disso que nunca tive dessa forma boemia que não vivi, pois tudo isso está no meu sangue, minhas veias escorrem de um passado mesmo não podendo ter, porém tornou-se muito vivo, muito integro dentro de mim.