sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Algemada pelo mundo!

Se o mundo me ouvisse
Gritaria seu nome
Sem amarras
Numa voz de gemido ou numa breve fala...

Se o mundo não fosse cego
Eu te amaria sem pudor,
E renasceria com fervor
Esse amor que já me desperta e desperta...

Mas o mundo não nos permite,
Nos extingui,
E nos regride...
Ao seu mais falso prazer!

E nessas cascas de vida...
Vou te tendo como posso
Buscando em seus olhos uma vontade de nascer
Ou resgate para essa minha morte prematura

E em mais um devaneio
Creio que posso te amar completo
Completo de um mundo isolado
Em uma mente cansada e um coração exausto...

Mais minha luta
Nesse mundo desigual
É a nossa luta
Para um amor bem mais real

E que me algeme
E que me ignore
Pois, em ferro foi feito meu corpo
Mas a alma permanece intacta em um quadro...

Não se corrói com esse mundo
Não destrói o essencial
Nem deixa perdido o que há de valor:
O amor!

E cada passo dado
É um medo transposto
É uma ponte construída, ou um muro derrubado
Em nossa casa, ou apenas num retrato...

Porém, não desejaria fugir
Nem tentaria matar monstro irreais
O que eu peço hoje
É teu beijo e nada mais...

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